SÃO PEDRO
DA AFURADA
Este lugar mágico situa-se no concelho de
Vila Nova de Gaia, no distrito do Porto.
Reúne inúmeras histórias e tradições. Algumas delas encontram-se retratadas ao longo do livro através das memórias de um pescador.
Clica nos elementos do mapa para descobrires mais sobre alguns lugares da Afurada.
rio Douro
01.
LAVADOURO MUNICIPAL
O lavadouro é um exemplo vivo da cultura e das tradições locais de São Pedro da Afurada. O atual edifício é um testemunho da vida comunitária da Afurada, onde a lavagem de roupas era uma atividade social essencial. As lavadeiras reuniam-se no local não apenas para trabalhar, mas também para socializar, partilhar histórias e, em alguns momentos, cantar canções em conjunto. Esta tradição permanece viva até aos dias de hoje, passando de geração em geração.
Atualmente, poderás encontrar roupa, tapetes e lençóis estendidos nos varais. Estas cordas eram utilizadas pelos antigos pescadores para colocar as redes de pesca a secar, criando um enorme estendal ao longo a margem do rio Douro.
Nos últimos anos, o lavadouro da Afurada tornou-se uma atração turística com visitantes interessados em ver de perto esta prática tradicional.
02.
PORTO DE PESCA
O Porto de Pesca da Afurada é um local de grande importância económica, cultural e turística. Este lugar reflete a herança marítima de Vila Nova de Gaia, permitindo-nos entender a comunidade piscatória da Afurada. O Porto encontra-se equipado com instalações adequadas para apoiar os pescadores: cais, armazéns e outras grandes áreas para abrir as redes de pesca.
Tal com o lavadouro, este local serve a comunidade ao nível profissional e social. É do Porto de Pesca que saem todas as noites os barcos para a faina, regressando na manhã seguinte. Durante o dia é comum encontrarmos pescadores a prepararem as redes de pesca para a noite seguinte enquanto conversam, trocam experiências e recordam as memórias dos seus antepassados.
O Porto de Pesca é utilizado pela comunidade na Festa de S. Pedro como um espaço que significa toda a sua ligação ao mar. Assim, durante as festividades, o Porto de Pesca ganha uma nova vida com a procissão e atividades culturais.
03.
CENTRO INTERPRETATIVO DO PATRIMÓNIO DA AFURADA
O Centro Interpretativo do Património da Afurada (CIPA) é um espaço dedicado à preservação e à divulgação da herança cultural e histórica desta comunidade.
O seu edifício foi, em tempos, um espaço de armazéns onde se guardavam, entre outros objetos, redes e outros materiais de pesca. Aproveitando o conjunto de 5 edifícios, abriu em 2013 como Centro Interpretativo, fruto de um esforço colaborativo entre historiadores, arqueólogos, antropólogos e membros da comunidade local, visando a investigação, preservação e interpretação do património da Afurada.
Numa visita ao CIPA mergulharás num mundo de memórias e tradições, através de uma narrativa que conta a história das gentes da Afurada, desde as suas origens até à atualidade.
O Centro Interpretativo do Património da Afurada é um espaço dinâmico, onde a ciência se alia à divulgação cultural, através da apresentação de exposições interativas, artefactos históricos, eventos culturais, atividades educativas e iniciativas para todas as idades.
04.
CAPELA S. PEDRO
A Capela de São Pedro da Afurada foi construída em meados de 1889, fruto do contributo da população desta terra. Desejavam ter um local de culto mais perto já que a outra opção ficava bastante distante. Atualmente, este edifício já não existe, mas continua a ter uma importância considerável para a comunidade.
A Capela ficava situada na margem do rio Douro e era caracterizada por possuir uma arquitetura de linhas simples. Ao longo dos anos, testemunhou mudanças, adaptações e desafios. Um dos mais conhecidos foi a tragédia de 1909. Durante uma cheia do rio Douro, uma embarcação chamada “América” bateu contra a Capela, destruindo-a parcialmente. Esta foi posteriormente reconstruída graças ao esforço e dedicação da comunidade local.
A construção da nova Igreja Paroquial em 1955, levou ao abandono da Capela de São Pedro, acabando por ser demolida em 1969. Este acontecimento não agradou à maioria da população. Atualmente, a Praceta de São Pedro é o espaço simbólico que mantém viva a memória coletiva da fé, da história e da unidade que moldaram a comunidade ao longo dos anos.
05.
IGREJA PAROQUIAL
A Igreja Paroquial de São Pedro da Afurada, outrora armazém, foi ambicionada pelo Padre Joaquim de Araújo e concretizada pelo arquiteto Carlos Ramos, Diretor da Escola de Belas Artes do Porto.
Esta obra foi assumida como tema de exame final do Curso de Arquitetura dos alunos da Escola de Belas Artes do Porto. O projeto final resultou das soluções apresentadas pelos melhores trabalhos. Assim, passaram a integrar a equipa de arquitetos: Fernando Seara, Luís Cunha, Pádua Ramos e Ferreira dos Santos.
Posteriormente, o escultor Altino Maia, aluno do Curso de Escultura, juntou-se à equipa contribuindo com as esculturas das imagens religiosas presentes no livro “Afurada e a cor das memórias”.
A cerimónia de inauguração da nova Igreja decorreu no dia 10 de julho de 1955 e teve, como momento alto, a procissão fluvial que é descrito na história do livro. Contou com a presença de inúmeras personalidades importantes para o país, entre elas o Ministro da Marinha, o Governador Civil do Porto e o Presidente da Câmara de Gaia.
Atualmente, é possível visitar e conhecer a Igreja Paroquial de São Pedro da Afurada através do agendamento de uma visita. Este edifício emblemático já não apresenta o seu aspeto original pois sofreu obras de requalificação em 2021.
06.
PONTE DA ARÁRBIDA
A Ponte da Arrábida é um ícone arquitetónico e de engenharia fundamental à paisagem urbana do Porto e de Gaia. Foi projetada por Edgar Cardoso e inaugurada em 1963. Representa um exemplo notável da inovação no design de pontes. Atualmente, a Ponte D’Arrábida está classificada como Monumento Nacional.
Esta ponte desempenha um papel crucial na conectividade da região, servindo como uma via essencial para o tráfego rodoviário entre o Porto e Vila Nova de Gaia. A sua construção foi muito importante para a Afurada, facilitando o acesso às zonas comerciais, industriais e residenciais de ambas as margens do rio Douro.
O impacto da Ponte da Arrábida vai além do seu significado estrutural, estendendo-se também à sua relevância social, cultural e económica, persistindo ao longo do tempo como fonte de inspiração.
